Ex-professores e ex-alunos participaram do evento “Viva IECA”
Na última semana, ex-professores e ex-alunos se reencontraram na Escola Estadual Cardoso de Almeida - EECA, para lembrar de momentos marcantes vividos no ambiente escolar.
Aproximadamente 100 pessoas marcaram presença no evento “Viva IECA”, nome que faz referência às origens da escola, chamada de Instituto de Educação Cardoso de Almeida. O reencontro foi marcado, principalmente, pelos alunos que estudaram entre os anos 1968 e 1980, do Jardim de Infância até o 3º Colegial.
“Foram momentos de muita partilha, onde comemoramos a vida, a escola pública, as amizades e as boas lembranças”, explicou Lelo Pagani, um dos ex-alunos e organizadores do evento.
Para os professores, o sentimento de satisfação em participar do encontro não foi diferente. E embora o tempo passe depressa, ele não pode apagar as memórias vividas por Maria José Leitão Machado, ex-professora de História. De seus 91 anos de vida, 18 foram lecionando na escola para a formação de professores do magistério.
“Eu tive a oportunidade de lecionar outras disciplinas também, como Matemática e Moral Cívica, nos cursos diurno e noturno. Retornar ao EECA para lembrar de tudo o que fiz foi muito emocionante. Ao olhar para trás, posso dizer com convicção que a escola define a nossa vida”, afirmou Maria José.
Já a professora de Português, Zélia Coelho Delmanto, de 102 anos, costumava ensinar caligrafia e desenho, e também considera a escola um lugar de muitas memórias positivas. “Passei metade da minha vida no EECA, então, esse encontro foi muito interessante, eu gostei demais. Quem sabe poderemos realizar pelo menos uma vez por ano”, comentou.
O “Viva IECA” proporcionou a oportunidade de preservar a história da escola ao longo dos anos e daqueles que por ali passaram, além de fortalecer os laços com a comunidade educacional.
Um pouco da história das nomenclaturas do “IECA”, atual EECA
Em 1910, o coronel Amando de Barros obteve do deputado Freitas Valle uma emenda à lei orçamentária do Estado. Votada em 31 de dezembro, sob o número 1245, que reza no artigo 55:
“Ficam criadas duas escolas complementares, sendo a primeira em Botucatu e a segunda em Pirassununga, instalando-as o governo quando entender oportuno, para o que abrirá os necessários créditos, sendo na instalação auxiliado pelas municipalidades interessadas.”
Desse modo, instalou-se a Escola Normal Primária de Botucatu e, em 16 de maio de 1911, aconteceu a aula inaugural. Nesta época, a escola dividia as classes em salas separadas, uma para cada sexo. A ala masculina acolheu-se ao edifício da Caridade Portuguesa. A feminina foi para o Seminário Diocesano, porém, era preciso construir o edifício sede.
Só em 20 de maio de 1913, a ata da Câmara noticiou a lavradura do contrato de construção, logo repassado pela Municipalidade, à firma local: Dinucci & Pardini. Desse modo, o edifício atual foi concluído em fins de 1915 e inaugurado em 24 de maio de 1916.
Diferentes nomenclaturas passaram pelo histórico da Escola, entre elas:
- Escola Normal Primária de Botucatu;
- Escola Normal Oficial de Botucatu;
- Instituto de Educação Cardoso de Almeida;
- Escola Estadual de 1º e 2º Grau Cardoso de Almeida;
- Escola Estadual Cardoso de Almeida- EECA, nome atual.
As informações disponibilizadas neste texto são adaptações do texto original livro do Centenário da Escola EECA, de Carmem Lúcia Ebúrneo da Silva, Professora de Língua Portuguesa da EECA e Membro da Academia Botucatuense de Letras.
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